Alerta para os Responsáveis
Alerta para os Responsáveis
IMPOSIÇÃO DE LIMITES
Alerta para os Responsáveis
IMPOSIÇÃO DE LIMITES
Em minha experiência profissional, atuação enquanto psicóloga (mais especificamente no processo da avaliação do psicodiagnóstico), pude observar que a queixa de distúrbio de comportamento apresentada pelas crianças estava associado geralmente à ausência da imposição de limites estabelecida em seus lares.
Crianças com limitações para o relacionamento interpessoal com tendência ao isolamento, agressividade, labilidade emocional, impulsividade, ... Demonstravam nesse repertório de comportamento que buscavam incessantemente manipular os responsáveis a fim de obterem o seu reforço desejado (jogarem video-game, assistirem o seu programa predileto, visitar casa de amigos,...).
Infelizmente em decorrência a exaustiva jornada de trabalho dos genitores, os mesmos tornam-se excessivamente permissivos, distantes, alegando diversas justificativas para a aprovação desse reforço. (“Trabalho demais quase não vejo o meu filho, o pouco que permaneço com ele”,...” Olha chego cansada do serviço e esse garoto fica me irritando o tempo inteiro, ah sinceramente não tenho à essa hora da noite, paciência, fôlego, para ver o que ele está fazendo”,... “ Em minha educação o meu pai era extremamente agressivo, não desejo que isso aconteça com meu filho”.
Enfim, são infinitas as explicações, mas sempre visando à mesma finalidade, se ausentar de suas responsabilidades e de cumprirem os seus papéis enquanto educadores e modelos de identificação dos mesmos. Crianças sem rotinas estabelecidas, o que acontecerá nesse século XXI diante desses contextos e históricos familiares!
Provavelmente, será o século da doença mental. Vamos inverter essa situação, pais imponham valores, limites em seus filhos, busquem o auto-conhecimento e promovam o crescimento pessoal em suas vidas, acreditem, por intermédio dessa iniciativa vcs modificaram os seus contextos familiares.
A imposição de limites sugerida é o castigo, como punição visando a modelagem de comportamento e o reforço como feedback para ressaltar a sua aprovação de sua atitude. Cabe aqui salientar que o reforço não é simplesmente comprar a criança, mas sim algo que ela deseja e que vcs percebam a sua importância (passeio em família, elogio, mudança na rotina, enfim).
Necessitamos educar os nossos filhos, priorizarmos momentos em nossa vida para eles, dedicarmos o nosso tempo, para debatermos atualidades lamentáveis em nosso contexto. Isso não significa afirmar: ´”É proibido agir assim”, mas sim pontuarmos as possíveis conseqüências dessa conduta. Selecionarmos filmes apropriados, desenhos, estabelecer horários para descansar à noite, incumbências em sua residência, interagirmos com nossos filhos (brincarmos com eles), advertir conforme a necessidade, apostarmos neles ( e não menospreza-los, mas sim encorajá-los), demonstrar através de nossas atitudes como eles são importantes para nós.
Abraços, Cíntia Ávila Cabeça França